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O lugar do tesouro
O lugar do tesouro

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181 Para quem tem sede

 


Leitura: João 7:37-39


"No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre". 

O oitavo dia da Festa dos Tabernáculos era um dia atípico. As celebrações eram completamente diferentes. Embora o Antigo Testamento não mencione isso, a tradição judaica revela que nesse dia os sacerdotes derramavam água sobre o altar. Pense no significado que o derramar das águas tinha numa terra pobre de rios, onde dependiam da chuva que cai do céu para sobreviverem. Sua fonte de vida e alegria estava no céu. 

Agora entre eles está aquele que "o céu dos céus não poderiam conter" convidando a todos para irem a ele. Jesus explica esse "ir a ele" no versículo 38: "Quem crê em mim". É apenas pela fé em Jesus que você obtém a salvação e a alegria eterna.

O profeta Isaías escreveu: "E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação".Em outra passagem ele diz: "Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vósque não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Inclinai os ouvidos evinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá".

Jesus é o cumprimento dessas promessas. O apóstolo João explica que os "rios de água viva" representam o Espírito Santo, que haviam de receber todos os que cressem em Jesus depois que ele morresse, ressuscitasse e subisse para a glória. Como receber a salvação eterna e o Espírito Santo?

Primeiro, é preciso que você reconheça sua sede. Eu e você somos pecadores por natureza, e não consigo pensar em uma condição mais sedenta e necessitada do que esta. Segundo, é preciso que você reconheça que coisa alguma vinda de você poderá salvá-lo. Não somos salvos e tampouco recebemos o Espírito Santo por nossos meios ou méritos. As águas são oferecidas de graça.

Em terceiro lugar é preciso entender que a fonte de sua salvação e bênção é uma pessoa: Jesus. É a ele que você deve ir, não a uma religião, sacerdote ou ordenanças como o batismo ou a ceia. É somente pela fé em Jesus que você recebe a salvação e o Espírito Santo, essa fonte que se transformará em rios de água viva.

O Espírito foi derramado no dia de Pentecostes, no capítulo 2 do livro de Atos, quando teve início a Igreja. Desde então, o Espírito Santo vem habitar em todo aquele que verdadeiramente crê em Jesus. Não se trata de um acessório, mas de parte integrante da salvação: seu penhor ou garantia. Romanos 8 diz que "se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele". Se alguém disser que você está salvo, mas precisa fazer alguma coisa a mais para receber o Espírito, desconfie.

Nos próximos 3 minutos Jesus divide as opiniões dos homens.

 

 

              

 

 

182 Assumindo sua fe'

 


Leitura: João 7:40-53

As pessoas reagem de modo diferente em relação a Jesus. Neste capítulo alguns afirmam que ele é o Profeta. Talvez se lembrem das palavras de Moisés repetidas por Pedro em Atos 3: "O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser".

Outros acreditam que ele seja o Cristo, o Messias prometido para libertar o povo de seus inimigos. Mas há quem discorde, lembrando que o Cristo nasceria em Belém da Judeia, não na Galileia, e seria descendente do Rei Davi. Eles ignoram que Jesus realmente nasceu em Belém e que Maria, sua mãe, é da linhagem de Davi. 

Os oficiais, que devem prendê-lo, não ousam fazê-lo. "Nunca homem algum falou assim como este homem", é a justificativa que dão aos sacerdotes e fariseus que os enviaram.

E você, qual é sua posição em relação a Jesus? Você o considera um mero profeta ou reconhece que ele é o próprio Verbo de Deus encarnado? Para você ele é um libertador político, ou você o tem como aquele que morreu para libertá-lo do pecado e da morte? Espero que você não seja dos que gostariam de vê-lo preso para deixar de incomodar sua consciência, ou dos que querem distância dele, com medo do que as pessoas iriam pensar ou dos prejuízos que uma proximidade poderia causar à sua reputação.

Em outra passagem Jesus avisa: "Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos". Crer em Jesus em seu coração e confessar publicamente sua fé fará toda a diferença para você na eternidade.

Aqui vemos um homem que tinha tudo para se envergonhar de Jesus. É Nicodemos, que no capítulo 3 encontrou-se com ele de noite, com medo de ser visto em sua companhia. Homem rico e influente, em sua posição de membro do Sinédrio ou poder legislativo ele tinha muito a perder. Mais do que eu ou você. Mesmo assim, agora ele defende Jesus diante das outras autoridades, dizendo: "Porventura a nossa lei julga um homem sem primeiro ouvi-lo e ter conhecimento do que ele faz?"

Seus colegas o tratam com desdém. Mas você voltará a encontrá-lo no final, ajudando a retirar corpo de Jesus da cruz e preparando-o para a sepultura. Nem mesmo os apóstolos tiveram coragem de fazer isso. Muitos dos que falam de sua fé com desenvoltura quando tudo vai bem, simplesmente desaparecem ao menor sinal de perigo, com medo de perderem o que têm. E os que parecem ser os menos prováveis, são os que mais refletem a luz de Jesus na noite escura da adversidade.

Nosso capítulo termina dizendo: "E cada um foi para sua casa". Menos Jesus, que nos próximos 3 minutos encontraremos passando a noite ao relento, no Monte das Oliveiras.

 

 

 

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183 O unico lugar seguro

 


Leitura: João 8:1-11

Enquanto o capítulo 7 do evangelho de João termina dizendo que cada um foi para sua própria casa, o capítulo 8 começa assim: "Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras". É ali que ele passa a noite em oração. As raposas têm covis e os pássaros têm ninhos, mas Jesus não tem outro lugar para recostar a cabeça além do ombro do Pai.

Cedo de manhã ele já está no Templo de Jerusalém, ensinando o povo. Os escribas e fariseus querem fazer Jesus cair em contradição, por isso trazem a ele uma mulher"apanhada no próprio ato, adulterando". Eles lembram que a Lei de Moisés ordena que o adúltero seja morto por apedrejamento e querem saber a opinião de Jesus.

Se ele disser que a mulher não deve se apedrejada, eles o acusarão de ir contra a Lei de Moisés. Se apoiar o apedrejamento, estará negando que é o Salvador, além de desprezar a lei do invasor romano, o único que podia condenar alguém à morte. 

Enquanto eles falam, Jesus escreve com o dedo na terra. Esta é a única obra de próprio punho escrita por Jesus da qual temos conhecimento. Ela foi apagada pelo vento há 2 mil anos. O que ele escreveu? Ninguém sabe.

Deus escreveu com o dedo em tábuas de pedra, quando deu a Lei aos israelitas, e a Lei não tinha o objetivo de salvar, mas de condenar. Em Jeremias 17, Deus afirma: "os que se apartam de mim serão escritos sobre a terra, porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas". Estaria Jesus escrevendo os nomes dos que acusam a mulher?

A Lei de Moisés ordenava que ambos, homem e mulher, fossem apedrejados. Ao afirmarem que a mulher fora pega em flagrante adultério, eles se tornam culpados de transgredir a Lei por acusarem apenas a mulher. Estaria o adúltero entre eles?

Eles insistem e Jesus confirma que a Lei deve ser aplicada e a mulher apedrejada. Mas, aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra. Com suas consciências culpadas eles se afastam, começando pelos mais velhos, com maior bagagem de pecados e maior reputação a zelar. Eles chegaram juntos, mas agora se afastam um a um, cada um por si.

Apenas a mulher permanece diante de Jesus, o único sem pecado que pode apedrejá-la. Mas ele não faz isso, pois não veio para condenar, mas para salvar. Um dia ele voltará para julgar, mas enquanto isso a palavra que ele tem para o pecador é a mesma que disse à mulher: "Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais".

Hoje o único lugar seguro para o pecador se refugiar é na presença de Jesus. Quando você se coloca diante dele na condição de réu culpado e merecedor do juízo de Deus, é perdão que você recebe, não condenação. Então por que continuar fugindo dele como fizeram os fariseus?

Nos próximos 3 minutos veremos por que as pessoas fogem de Jesus.

 

 

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184 Baratas, aranhas e escorpioes

 


Leitura: João 8:12

Fugir de Jesus é a reação natural de qualquer pecador. Foi assim no Éden depois que Adão pecou; é assim comigo e é assim com você. Somos como baratas, aranhas e escorpiões escondidos debaixo de uma pedra. Quando esta é levantada e a luz do sol revela o esconderijo, o jeito é correr para se esconder debaixo de outra pedra, longe da luz.

Fugimos da luz porque ela nos denuncia; revela nossa posição e condição. Nossa posição é naturalmente de separação, rebeldia e inimizade contra Deus. Nossa condição é de pecadores, transgressores das leis divinas e dignos de condenação. Numa situação assim, o que fazer senão fugir?

Como acontece com os fariseus deste capítulo, a presença de Jesus não só revela nossa posição e condição, como traz à tona nossa hipocrisia e a pretensão de nos acharmos capazes de mascarar nosso estado. Nessa hora religião, boas obras e autoafirmação são usadas para passar uma demão de cal neste sepulcro cheio de iniquidade que é cada um de nós.

Jesus diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida". Seguir a Jesus é se expor à luz e deixar que revele toda a nossa imundície. Mas o fato de a sujeira vir à tona e inquietar nossa consciência não nos garante a salvação. Os fariseus que queriam apedrejar a adúltera ficaram com suas consciências inquietas, mas isso só serviu para afastá-los ainda mais de Jesus.

O remorso gerado por uma consciência culpada não necessariamente nos aproxima de Deus. Caim mostrou ter esse tipo de remorso ao confessar a Deus o seu pecado, dizendo: "É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei". 

Ele não estava arrependido do que fez e se acha até na posição de poder decidir sua pena. Deus não havia dito que sua maldade não poderia ser perdoada, e nem o expulsou da terra. Parece até muito conveniente Caim agora poder dizer "da tua face me esconderei". Afinal, esse é um desejo natural a todo ser humano: querer distância de Deus.

Pelo mesmo motivo aqueles fariseus se afastam de Jesus. Eles querem evitar que seja revelado o conteúdo de seus corações, virados ao avesso pela presença da Luz . E você, o que faz quando confrontado com Jesus? Fica ou foge? A carta aos Efésios diz que "tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visíveis todas as coisas. Por isso é que foi dito: 'Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará".

Nos próximos 3 minutos Jesus continua ensinando em um aposento do Templo que leva um nome muito significativo para lições tão preciosas: o Lugar do Tesouro.
 
 
 
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185 O lugar do tesouro

 


Leitura: João 8:13-20

Aparentemente os mesmos fariseus que um pouco antes queriam apedrejar a mulher adúltera voltam agora a confrontar Jesus. Eles voltam para confrontá-lo com suas próprias palavras do capítulo 5, quando ele disse: "Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro".

O confronto ocorre no lugar do tesouro, o aposento do templo onde eram lançadas as ofertas para Deus, mas aqueles fariseus estão ali para lançar acusações contra o Filho de Deus. Em resposta, a primeira coisa que Jesus revela é que ele é a luz do mundo. A segunda, que quem o segue não anda em trevas, mas tem a luz da vida. Mas ele não para aí.

A Lei exigia que, para ser válido, um testemunho devia ser dado por duas ou mais pessoas. Jesus explica por que o seu testemunho é verdadeiro, ainda que aparentemente seja dado por apenas uma pessoa, ele próprio.

A primeira razão que ele apresenta é o fato de ser onisciente. Ele sabe de onde vem e para onde vai, algo que seus acusadores ignoram. Existe também algo sutil em sua afirmação, pois se ele veio ao mundo isto implica em sua pré-existência, algo que nenhum outro homem pode ter. Reconhecer que Jesus não apenas nasceu em um corpo de carne e ossos, mas que veio em carne, é reconhecer sua divindade.

Ele continua mostrando aos fariseus que eles não têm autoridade moral para julgá-lo, já que julgam segundo a carne, ou seja, de acordo com os interesses e desejos do homem natural. Acaso não foi o que ocorreu ao acusarem a mulher adúltera? Eles deliberadamente deixaram o homem adúltero fora da acusação de adultério. É preciso que existam duas pessoas para o ato se consumar e ocorrer o flagrante que os fariseus afirmavam ter ocorrido.

Jesus continua revelando que seu testemunho é corroborado pelo seu Pai que lhe enviou, portanto já não é apenas o testemunho de um só, mas de duas Pessoas da divindade. Não apenas seus milagres, mas também a voz do Pai que veio do céu por ocasião do batismo público de Jesus, corroboravam que ele era o Messias prometido. Mas eles também não aceitam o testemunho do Pai por não conhecê-lo, e Jesus revela que eles não conhecem o Pai por não conhecerem a Jesus, o Filho de Deus.

O que ele diz serve também para você: é impossível alguém conhecer o Pai sem conhecer a Jesus, o Filho. No primeiro capítulo do evangelho de João está claro que não basta pertencer à espécie humana para ser um filho de Deus e poder chamá-lo de Pai. Apenas os que creem no Filho de Deus podem ser chamados de filhos de Deus. Ser filho de Deus é um privilégio reservado apenas aos que um dia conhecem a Jesus como Senhor e Salvador.

Os judeus não conseguem prender Jesus ali porque ainda não tinha chegado sua hora. Nos próximos 3 minutos ele fala dessa hora.

                            

 

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186 A hora da ausencia

 


Leitura: João 8:21-25

Durante séculos os judeus tinham esperado pelo Messias, aquele que fora prometido por Deus por intermédio dos profetas. Era para o Messias que todos os textos do Antigo Testamento apontavam, seja de forma explícita ou em figuras. Agora o Messias está bem ali, na frente deles.

Mas eles não o reconhecem. Pior do que isso, estão determinados a matá-lo e Jesus sabe que conseguirão cumprir seu intento. Por isso agora ele fala de sua ausência, que aqueles judeus o buscarão e não o acharão. Para onde ele vai é impossível eles irem também.

Os judeus pensam que ele está falando de suicidar-se, mas Jesus fala de seu sacrifício e também da ressurreição e ascensão ao céu, seu lugar de origem. Se você alguma vez já se sentiu frustrado ao ver uma pessoa partir para sempre, sem que você tivesse a oportunidade de resolver alguma demanda com ela, vai entender o que está acontecendo aqui.

Jesus revela a eles que sua rejeição irá selar o destino de cada um deles de uma vez para sempre. Jesus voltaria para o céu; eles permaneceriam no mundo até morrerem e serem condenados ao lago de fogo. Mas o quê exatamente eles precisam fazer para não ter esse destino? O versículo 24 é bem claro: "Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados". 

A expressão "eu sou" foi usada por Deus ao se revelar a Moisés. Este indagou quem era o que falava com ele, e a resposta de Deus, em Êxodo 3:14, foi: "Eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós". A expressão "eu sou" revelava a essência de Deus, aquele que existe em si mesmo, independente das coisas criadas. Jesus é Deus, é o "eu sou o que sou", e você também precisa crer nisto.

Outro detalhe importante desta passagem do evangelho de João é a diferença entre o que Jesus diz no versículo 21 e no 24. Primeiro ele diz aos judeus: "morrereis no vosso pecado", no singular. Depois ele diz: "morrereis em vossos pecados", plural. 

Quando a Bíblia fala em "pecado", no singular, está se referindo à nossa natureza pecaminosa, aquela que herdamos de Adão. Quando aparece no plural são os frutos dessa natureza, nossas ações realizadas independentes da vontade de Deus. Não existe solução para aqueles que saem desta vida em uma condição de culpados, tanto por sua natureza, ou "pecado", como por seus atos rebeldes, ou "pecados".

O destino daqueles judeus foi selado ao não crerem em Jesus como o "eu sou", o próprio Deus, aquele que tem em si mesmo a existência. Jesus se ausentaria deles e eles ficariam eternamente ausentes de Jesus. E você, qual é o seu destino? 

Nos próximos 3 minutos Jesus fala do dia em que seria levantado por aqueles mesmos judeus que falavam com ele.

 

 

 

 

187 Levantado

 


Leitura: João 8:26-29

Este trecho revela um abismo entre Jesus e os judeus. Nada do que ele diz parece penetrar na mente deles. Sua incredulidade os torna impermeáveis à verdade. Mas Jesus diz que um dia eles iriam entender, embora nem por isso viriam a crer.

Ao falar que será levantado, Jesus prediz sua morte na cruz. No capítulo 3 deste evangelho ele já havia usado a mesma expressão, ao se comparar à serpente de bronze que Moisés levantou no deserto. Agora ele vai além, e diz: "Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis que EU SOU".

Algumas traduções trazem "conhecereis quem eu sou", mas o correto é "conhecereis que EU SOU", pois ele volta a usar aqui a mesma expressão que usou um pouco antes no versículo 24, e que Jeová também usou no Antigo Testamento ao revelar-se a Moisés. Ao dizer "então conhecereis", Jesus lança sobre eles a responsabilidade de conhecer a verdade e deliberadamente descartá-la. 

Aqueles judeus ainda veriam muitos milagres, inclusive a ressurreição de mortos como Lázaro. Além disso, quando Jesus fosse "levantado" eles veriam o dia se transformar em noite, a terra tremer e as pedras se partirem. O véu do templo se rasgaria, sepulcros se abririam e pessoas ressuscitariam e entrariam em Jerusalém para o assombro de muitos.

Finalmente, eles veriam o túmulo de Jesus vazio e mais de quinhentas testemunhas afirmando tê-lo visto ressuscitado. Mesmo assim continuariam inimigos da verdade. É de pessoas assim que a carta aos Hebreus fala no capítulo 6, que diz:

"É impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério". 

A passagem fala de apóstatas, pessoas que conheceram, provaram e participaram da verdade, mas não creram. Não são crentes que tropeçaram, mas pessoas que caíram dessa posição de grande privilégio. Pessoas que, apesar de terem à disposição todas as evidências para crerem em Cristo, voltaram suas costas para ele.

Conheço um europeu que se diz "pós-cristão". Ele quer dizer que na Europa eles já passaram dessa fase. Se você também foi criado à sombra do cristianismo e se acha tão avançado, que já até passou dessa fase, sugiro que volte à fase anterior. Há mais esperança para um aborígene analfabeto, do que para um ocidental ilustre e bem educado, que conheceu o evangelho e voltou suas costas para ele.

Nos próximos 3 minutos Jesus fala da verdade que liberta.

 

 

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188 A verdade que liberta

 


Leitura: João 8:30-32

Ao escutarem o que Jesus diz, muitos creem nele, e a estes ele diz: "Se permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos". Você não é salvo por permanecer na palavra de Jesus, mas permanece na sua palavra por ter sido salvo. É isso que diferencia um verdadeiro discípulo de alguém que só professa ser cristão.

Jesus diz ainda: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Mas como alguém pode ser livre colocando-se sob o senhorio de Cristo e entregando a ele a direção de sua vida? Acaso liberdade não é ter o livre arbítrio de fazer o que bem entender e ser dono do próprio nariz?

Não. Primeiro, porque a ideia de que alguém tenha livre arbítrio é falsa. Ninguém faz suas próprias escolhas de livre e espontânea vontade. Adão pôde escolher, nós não. Desde a queda do homem as nossas escolhas passaram a ser ditadas pelo pecado que habita nós. Por isso Jesus diz que aquele que comete pecado é servo do pecado. Ao pecar você está sob a direção de sua velha natureza. Ao crer em Jesus você é liberto.

Mas nem sempre o cristão desfruta dessa liberdade. Se você ler a carta aos Romanos, verá ali uma progressão. Os primeiros capítulos dizem que ninguém busca a Deus, por sermos pecadores por natureza. Portanto não temos livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal: nascemos configurados para escolher o mal. O capítulo 7 de Romanos diz que na carne, isto é, em nossa natureza, não existe bem algum.

É só depois de receber a nova vida pelo novo nascimento que você passa a desejar o bem, mas encontra em sua carne a tendência de fazer o mal. Você descobre que é um novo homem, porém com o corpo do velho homem atado a você. É neste ponto que a alma clama e descobre que sua libertação está fora de si, em Jesus, e não em tentar domesticar sua carne pelos preceitos da lei dada a Moisés: 

"Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morteDou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado".

É no capítulo 8 de Romanos que Paulo explica como se ver livre da lei do pecado e da morte. Quando o cristão vive no espírito de Romanos 8 ele tem uma vida livre e de comunhão com Deus. Quando ainda se encontra em Romanos 7, tentando fazer sua carne obedecer à lei de Deus, ele vive frustrado, isso quando não se transforma num hipócrita.

Ser verdadeiramente livre é estar em Cristo e ser guiado por sua palavra aplicada pelo Espírito Santo, do mesmo modo como um trem precisa estar nos trilhos e ser guiado por eles para correr livre. Um trem correndo fora dos trilhos não é livre, é um desastre.

Nos próximos 3 minutos os judeus retrucam que nunca foram escravos.

 

 

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189 Escravos viciados

 


Leitura: João 8:33-36

Quando os judeus escutam Jesus dizer que a verdade os libertará, eles retrucam que nunca foram escravos de ninguém, pois são descendentes de Abraão. Para quê oferecer liberdade a quem nunca foi escravo? Mas eles eram escravos. Apenas não sabiam disso.

Quando jovem, tentei falar de Cristo a um amigo. Eu era recém convertido e apresentei a ele um evangelho que não era exatamente o evangelho da graça de Deus que salva o pecador do juízo eterno. Falei mais do que Jesus tinha feito comigo e insisti para que ele cresse, a fim de experimentar uma mudança de vida.

Como eu vinha de um envolvimento com o esoterismo e espiritualismo, dei meu testemunho de libertação dessas coisas e de como minha vida tinha sido transformada. Falei também de casos de conversões de drogados, bandidos e prostitutas. Ele não demonstrou qualquer interesse.

Para ele, a última coisa que queria era mudar de vida. Ele tinha religião, família, trabalho - tudo o que quer ter uma pessoa normal e bem sucedida. Depois de agradecer minha boa intenção, sugeriu que eu levasse aquela mensagem a pessoas escravizadas em falsas religiões, vícios ou prostituição, não a pessoas normais como ele. 

Neste capítulo encontramos pessoas normais. São judeus que podem comprovar sua linhagem como povo de Deus, que professam a religião instituída por Deus e adoram no Templo que Deus determinou. Não estão envolvidos com drogas, roubo ou prostituição. São pessoas honradas em sua sociedade. De quê exatamente Jesus quer libertá-las?

Confiar numa vida boa, numa religião e numa condição social estável é continuar escravo do pecado e de Satanás sem perceber. Ir a Jesus para garantir uma vida boa, uma religião e uma condição social estável, é a mesma coisa. Jesus chama aqueles judeus de filhos do diabo, por estarem sendo enganados pelo pai da mentira. 

O capítulo 2 de Efésios diz que, antes de nos convertermos a Cristo, estamos espiritualmente mortos em pecados e andamos segundo o curso deste mundo e de Satanás. Agimos de acordo com os desejos de nossa carne e dos pensamentos, e somos por natureza filhos da ira, não filhos de Deus. Somos escravos e nem nos damos conta disso.

Embora Cristo possa mudar exteriormente a vida de alguém, reduzir a conversão a uma mudança de vida é comprometer a essência do evangelho. Um viciado pode mudar de vida através de um tratamento médico, mas nem por isso deixará de ser escravo do pecado, da carne e de Satanás. Cristo não morreu na cruz para dar a você uma vida certinha, mas para livrá-lo do juízo e da condenação eterna.

Nos próximos 3 minutos você irá aprender algo com a fé de Abraão.

 

 

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190 A fe de Abraao

 


Leitura: João 8:37-47

A justificativa dos judeus para não precisarem da libertação que Jesus oferece, é que eles são filhos de Abraão. Jesus então cobra deles: "Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão".

Deus ordenou a Abraão que saísse de sua terra e fosse para uma terra que ainda iria lhe mostrar. Abraão obedeceu e saiu, sem saber para onde ia. Em Romanos o nome de Abraão está associado à fé, o firme fundamento ou alicerce das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.

A fé liga o mundo visível com o invisível; ela faz a conexão entre o passado, o presente e o futuro. Pela fé no que Deus diz do sacrifício de Cristo no passado, eu posso desfrutar, no presente, do perdão de meus pecados e da certeza da vida eterna, além do livramento do juízo futuro.

Portanto, a fé é uma resposta à Palavra de Deus. Jesus diz àqueles judeus: "A minha palavra não encontra lugar em vós", e complementa, "quem é de Deus ouve aspalavras de Deus". Mais uma vez ele afirma ser Deus , mas aqueles judeus, ao duvidarem, seguem na contra-mão de Abraão.

Quando Sara, que era estéril, estava na casa dos 90 anos, e Abraão em torno de cem, Deus prometeu que teriam um filho. Quando o filho, Isaque, já era crescido, Deus provou a fé de Abraão pedindo que o sacrificasse. Crendo que Deus ressuscitaria Isaque, pois havia prometido que ele teria descendentes, Abraão fez conforme Deus pediu.

Abraão subiu com Isaque um dos montes que Deus indicara na terra de Moriá, onde hoje ficam Jerusalém e o Calvário. Enquanto Abraão levava a faca e as brasas para o fogo do sacrifício, Isaque carregava nos ombros a madeira sobre a qual seria colocado para morrer. No último instante, Deus deu a Abraão um carneiro para substituir Isaque no sacrifício.

Você certamente já ouviu falar de uma cena assim: um Filho obediente ao Pai, subindo um monte, onde hoje fica Jerusalém, com um madeiro às costas para ser sacrificado sobre ele. A diferença é que, no caso de Jesus, não havia um animal para substituí-lo. Ele era o próprio Cordeiro.

Quando viu o quanto Abraão amava a Deus, e a confiança que tinha na sua Palavra, Deus lhe disse: "Agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu único filho". Se você crê em Jesus como seu Salvador e tem a Deus por Pai, você pode dizer o mesmo a ele: Agora sei que me amas, visto que não me negaste teu Filho, o teu único Filho.

Nos próximos 3 minutos você irá entender o que é ser justificado pela fé.

 

 

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191 Justificados pela fe

 


Leitura: João 8:37-50

Os judeus que conversam com Jesus tentam se justificar de várias maneiras. Além de apelarem para a linhagem de Abraão, eles também se comparam a outras pessoas e se consideram melhores do que a mulher adúltera, os nascidos de prostituição e os samaritanos.

Eles parecem até insinuar serem melhores do que Jesus. Afinal, não são "samaritanos endemoninhados", como acusam Jesus de ser, e nem são nascidos de uma gravidez inexplicada. Até hoje os judeus chamam Jesus de "ben Panthera", ou "filho de Pantera", um soldado romano.

Gostamos de nos justificar pela comparação com outros piores do que nós. O problema é que a única justificativa plausível para alguém ser aceito por Deus é ser tão puro, santo e justo quanto o único Homem perfeito que já passou por aqui: Jesus. Assim como acontece com o perdão, que deve partir daquele que foi ofendido, a justificação também não pode partir de nós, mas de Deus.

Quando você crê em Cristo, você não é apenas perdoado, mas é justificado, isto é, considerado justo aos olhos de Deus, que passa a enxergá-lo através do que Cristo representa para ele. A justificação não muda o fato de você ser um pecador e nem diminui a gravidade do seu pecado. Ela altera a opinião que Deus tem de você, que passa de ímpio para justificado aos olhos dele. No perdão, Deus diz ao pecador: "Pode ir, você não me deve mais nada". Na justificação, ele diz: "Pode vir morar comigo, você é idôneo".

Mas como alguém pode mudar sua opinião em relação a um transgressor? Imagine um estudante na sala de aula que, sem motivo aparente, nocauteia com um soco o colega ao lado. Antes de encaminhar o agressor para a diretoria para ser expulso da escola, o professor encontra uma arma no bolso do rapaz desmaiado e fica sabendo que ele planejava matá-lo.

Imediatamente o agressor passa de vilão a herói aos olhos do professor. Não ocorreu nenhuma mudança na violência da agressão. O que mudou foi o conceito que o professor passou a ter daquele aluno.

O capítulo 3 de Romanos diz que "nenhuma carne será justificada diante de Deus pelas obras da lei... porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue... para que ele [Deus] seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus".

Você só pode ser justificado por Deus através destas 3 coisas: a graça, o sangue e a fé. Aí eu pergunto: será que você está tentando ser justificado com base nos seus esforços ou se comparando com os que considera piores que você?

Nos próximos 3 minutos Jesus revela que sempre existiu.

 

 

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192 Eterno

 


Leitura: João 8:51-59

A palavra eterno não faz muito sentido para nós, que nascemos e vivemos no tempo. Assim como os céus e a Terra, o tempo também foi criado e está intimamente ligado ao mundo material. A Bíblia afirma isso e Einstein também. Ele disse:

"Supondo que toda matéria desaparecesse do mundo, então, antes da relatividade, acreditava-se que espaço e tempo continuariam a existir em um mundo vazio. Mas, de acordo com a Teoria da Relatividade, se matéria e movimento desaparecessem, já não haveria mais espaço ou tempo".

Muito antes de Einstein, Agostinho escreveu: "Não há dúvida de que o mundo não foi criado no tempo, mas com o tempo", e acerca de Deus, ele diz: "Teus anos permanecem ao mesmo tempo... Teus anos são um dia, e Teu dia não é como nossa sequência de dias, mas é hoje".

Imagine você o nó na cabeça dos judeus neste capítulo quando escutam Jesus dizer:"Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, EU SOU". Ele não diz "antes que Abraão existisse, eu já existia", mas usa novamente a mesma expressão usada por Deus para se apresentar a Moisés: "EU SOU".

Isto revela que Jesus é Deus, o Filho Eterno, não sujeito ao tempo, ou pelo menos não mais do que naquilo que ele mesmo quis se sujeitar em sua relação com a criação. Este aspecto atemporal de Jesus pode ser visto no mesmo evangelho de João, quando ele diz no capítulo 3:

"Ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu". Veja que na passagem o "Filho do Homem", que é o Filho Eterno em sua condição humana, desceu do céu, está no céu e, ao mesmo tempo, conversa na terra com Nicodemos. Quer mais? Então veja o capítulo 1 da carta aos Colossenses:

Jesus "é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele".

Em João 17 Jesus ora: "Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse". O Filho Eterno já estava com o Pai antes que o tempo e a matéria viessem a existir. Em Hebreus diz que ele sustenta"todas as coisas pela palavra do seu poder". Além de ser o Verbo ativo da criação, Jesus governa as leis da física e mantém coesas as partículas que compõem a matéria. 

Nosso capítulo termina dizendo que os judeus "pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se e, saiu do templo, passando pelo meio deles". Como ele fez isso?

Nos próximos 3 minutos Jesus revela por que o cego nasceu assim.

 

 

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193 Por que sofremos?

 


Leitura: João 9:1-3

No final de uma notícia na Internet sobre o terremoto do Haiti, um leitor deixou seu comentário: "Se Deus existe, então ele é incompetente". Você já reparou que sempre que algo dá errado tem gente que aponta o dedo para Deus? Os ateus são os que mais gostam de jogar a culpa no Deus que eles afirmam não existir.

Esta prática não é nem um pouco original. Adão foi o primeiro a culpar Deus, por ter lhe dado a mulher que o levaria a pecar. "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi". Adão insinua que nada daquilo teria acontecido se Deus não tivesse criado sua esposa.

Você já culpou alguém por seus próprios erros? Isso mostra que você é tão pecador quanto Adão. Ah, você nunca erra? Bem, então seu caso é mais grave. Todo profissional de saúde conhece os cinco estágios pelos quais passa um paciente ao receber a notícia de que está com câncer.

Primeiro vem a negação: "Isto não está acontecendo comigo". Em seguida, a raiva:"Por que eu?". O passo seguinte é barganhar e tentar resolver o problema sozinho: "Se eu mudar de vida, o problema desaparece". Depois, a depressão: "Ai de mim! Estou perdido!". Finalmente vem a aceitação e a disposição para receber ajuda externa.

O pecado - primeiro dos anjos e depois do homem - é o câncer que arruinou não só a espécie humana, mas toda a criação. O apóstolo Paulo explica, em Romanos 8, que"a criação ficou sujeita à vaidade" e vive na expectativa "de ser liberta do cativeiro da corrupção" e "toda a criação juntamente geme e está com dores de parto até agora".

Tudo - absolutamente tudo - ficou arruinado: as criaturas, a terra, o universo, o tempo e o espaço. E quando a Bíblia fala que toda a criação está com dores de parto, entenda que a metáfora é bem precisa: as dores de parto tendem a aumentar e ocorrem a intervalos cada vez menores até a hora final. Sofrimentos cada vez maiores e mais frequentes devem ocupar as manchetes até Cristo voltar.

Neste capítulo 9 do evangelho de João, Jesus vê um homem cego de nascença e seus discípulos lhe perguntam: "Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" A resposta você verá nos próximos 3 minutos.

Enquanto isso, que tal analisar em que estágio você se encontra? Você nega que é pecador? Sente raiva e culpa outros por seu pecado? Decidiu mudar de vida para resolver o problema. Caiu em depressão por não conseguir? Bem, quer um conselho? Vá logo para o último estágio e peça ajuda externa: recorra a Jesus para receber o perdão e a salvação.

 

 

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194 O cego que nasceu assim

 


Leitura: João 9:1-3

Ao encontrarem o cego de nascença, os discípulos de Jesus tentam descobrir a causa do problema, e erram ao levantarem apenas duas possibilidades. Eles perguntam:"Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?".

A origem de um rio é sua nascente, mas a razão de ele correr neste, e não naquele lugar, depende de vários fatores. É simples entender que a origem de todo o sofrimento é o pecado que arruinou a criação, mas não é tão simples assim descobrir por que um sofre e outro não.

Apesar de existirem problemas que são um resultado direto de nossos erros, como bater no poste por dirigir embriagado, é preciso cautela antes de culpar alguém por algum defeito, doença ou desgraça. Ao encontrarmos uma pessoa que sofre, costumamos agir como os três amigos que visitaram Jó em sua tribulação: eles estavam indo muito bem até decidirem abrir a boca.

A interpretação que os três amigos dão para a desgraça de Jó no livro de mesmo nome não representa a sabedoria de Deus, e sim a sabedoria humana. Em 1 Coríntios diz que o mundo não conheceu a Deus pela sabedoria humana, portanto o método usado por Elifaz, Bildade e Sofar não serve para discernir a razão do sofrimento de alguém.

Elifaz fala da experiência própria e individual. Ele diz no capítulo 4 do livro de Jó:"Conforme tenho visto...". Bildade, o outro amigo, apela para a tradição. No capítulo 8 ele diz: "Pergunte às gerações anteriores e veja o que os seus pais aprenderam". No capítulo 11 é a vez de Sofar apresentar seu argumento religioso e legalista. Segundo ele, se Jó consagrar seu coração a Deus e parar de pecar, tudo irá bem.

Somos assim: julgamos as pessoas pela nossa experiência, pelas nossas tradições e pela religião, e deduzimos que, se alguém sofre, é por ter falhado em algum destes pontos. É claro que esse tipo de julgamento também me faz sentir superior à pessoa que sofre, e minha mensagem acabará sendo: Seja como eu e você não irá sofrer. Mas, parafraseando José no livro de Gênesis, "estaria eu no lugar de Deus?".

Paulo, na carta aos Romanos, diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor?". Pois é, nem eu nem você somos capazes de entender os motivos e razões de Deus. O melhor é não sairmos por aí dando o nosso veredito para a razão do sofrimento de cada um. 

Quando os discípulos perguntam se o cego nasceu assim por causa de algum pecado dele ou de seus pais, Jesus responde: "Nem ele pecou nem seus pais". Então por que ele nasceu cego? A resposta está nos próximos 3 minutos.

 

 

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195 As razoes de Deus

 


Leitura: João 9:1-3

Por pertencer à espécie humana, o cego do capítulo 9 do evangelho de João era um pecador, portanto sujeito às imperfeições causadas pelo pecado. Mas por que um nasce cego e outro não? Pensando que sua deficiência fosse resultado direto de algum pecado seu ou de seus pais, a pergunta dos discípulos sugere duas possibilidades.

A primeira é de que ele tivesse pecado antes de nascer, mas a ideia de alguém viver, morrer e reencarnar para se livrar de pecados é claramente descartada na Bíblia. Na carta aos Hebreus diz que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo".

A outra possibilidade é que sua deficiência fosse um castigo por algum pecado cometido por seus pais. Em ambos os casos, ou o homem é visto como responsável por um defeito que não poderia ter causado a si mesmo, ou estaria sofrendo pelo pecado cometido por terceiros. 

Jesus resolve o enigma afirmando que "nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus". O cego tinha pecados? Sim. Seus pais? Também, como qualquer ser humano. Mas neste caso sua deficiência não era fruto de algum pecado em particular, seu ou de seus pais. Ao permitiu que o homem nascesse assim, Deus tinha em vista algo maior: manifestar nele a obra e o poder de Deus.

Todos nós somos cegos quando o assunto é enxergar as razões de Deus, por isso nos indignamos sempre que algo ruim acontece conosco. Em 1 Coríntios diz que "quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido".

Quando pequeno eu não entendia como meus pais podiam me amar na hora da bronca ou das palmadas. Que amor de mãe era aquele que me fazia engolir uma colher diária de óleo de fígado de bacalhau? E por que meu pai me segurava e não me socorria quando o farmacêutico me atacava com uma seringa? Por mais que me explicassem as razões, naquela idade eu não entenderia. Só hoje eu entendo.

Nossa dificuldade não está em não existir uma razão para o sofrimento. O problema é que, ou não entendemos, ou simplesmente não querermos aceitar as razões de Deus. Na carta aos Filipenses, depois de dizer que aprendeu a viver contente em quaisquer circunstâncias, o apóstolo Paulo conclui: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece". Em Cristo, eu e você também podemos todas as coisas. Inclusive aceitar que Deus está com a razão.

Nos próximos 3 minutos os olhos do cego ficam cheios de lama.

 

 

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196 A cura do cego

 


Leitura: João 9:1-7

O capítulo 9 de João começa com um detalhe importante: é Jesus, e não seus discípulos, quem primeiro vê o cego. No caso do paralítico do capítulo 5, Jesus também já sabia que o homem estava enfermo há muito tempo. Por enxergar e saber todas as coisas, Jesus dá um tratamento personalizado para necessidades de cada um.

No caso do cego, ele cospe no chão, faz um pouco de lodo e passa em seus olhos. Depois ordena que ele vá lavar-se no tanque de Siloé. Por que lodo? Não sei, mas se ele fez é porque era necessário para aquela pessoa naquele momento. Jesus age de diferentes maneiras com diferentes pessoas. Não entendemos, mas cremos que aquilo ele faz está bem feito. Ou até o que ele não faz.

O apóstolo Paulo tinha um problema que chamou de "espinho na carne", e não foi por falta de pedir que o Senhor não o livrou do problema. Sabe qual foi a resposta às suas orações? "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza".Você acha que Paulo se indignou por isso, entrou em depressão e não quis mais nem saber de servir a Cristo? Pelo contrário. Veja o que ele diz:

"Por isso, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte".

Hoje, em cada canal de TV trem um pregador prometendo o fim de todos os seus problemas se você crer em Jesus. É mentira. O que Deus oferece é o perdão dos pecados e a vida eterna. Depois de se converter a Cristo, você se vê num mundo arruinado pelo pecado e no mesmo corpo sujeito a doenças e morte. Ainda que você viva 120 anos, sua morte será causada por alguma doença ou falência dos órgãos.

Por isso qualquer cura feita por Jesus ou seus discípulos tinha um objetivo bem particular. Uma vez cumprido esse objetivo, todos os que foram curados ou ressuscitados acabaram adoecendo e morrendo. Ou você acha que Lázaro continua por aí?

pagão pensa que os deuses só lhe são propícios quando tudo vai bem. O verdadeiro crente tem certeza de que o Senhor sempre está ao seu lado, na alegria e na tristeza. Por isso o profeta Habacuque dá um belo testemunho de fé e confiança em Deus, quando diz:

"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação". E você, se alegra em Deus quando tudo vai mal?

Nos próximos 3 minutos os vizinhos não reconhecem o cego depois de curado.

 

 

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197 O cego que nao era mais

 


Leitura: João 9:8-12

Agora os amigos e vizinhos do cego que foi curado não o reconhecem. "Não é este o mesmo que se sentava a mendigar? Uns diziam: É ele. E outros: Não é, mas se parece com ele. Ele dizia: sou eu".

Você sempre sai diferente de um encontro pessoal com Jesus. Não que precise experimentar algo tão radical quanto uma cura física, como a deste cego, ou algum tipo de experiência mística que o faça perder o controle de si mesmo. Ser tocado por Jesus é ter os olhos abertos para as realidades espirituais. Três coisas acontecem aqui.

A primeira é a transformação de um estado para outro. O cego é literalmente curado e passa a enxergar. Quando você se reconhece cego espiritualmente e crê no Salvador, é curado de seus pecados. O bloqueio que o impedia de enxergar as verdades espirituais é removido. Sua perspectiva de vida passa a incluir a eternidade.

Agora o cego também sabe para onde vai. Antes ele podia até saber que estava numa estrada, mas não podia ver o seu destino. Se você caminha pela estrada da vida sem saber para onde vai, ainda está cego. A terceira consequência do encontro com Jesus é que os parentes e amigos percebem a mudança, mesmo sem saber o que foi que mudou. 

Após ter sido salvo por Jesus você passa a testemunhar dele, como faz o cego aqui. Ele chega até mesmo a levar outros a Cristo, pois alguns querem saber onde está Jesus. Eles também querem se encontrar com ele, seja por mera curiosidade ou por realmente desejarem que suas vidas sejam transformadas. 

Mas não espere que ao ser tocado por Jesus você adquira um conhecimento instantâneo das coisas de Deus. Sua salvação é instantânea - ao crer no Salvador você é imediatamente perdoado de todos os seus pecados. Mas o conhecimento de quem o salvou virá gradativamente, como acontece com o homem que era cego.

Sua salvação não depende do quanto você conhece, mas apenas de sua fé no Salvador e no que ele fez por você. Alguém convertido há 30 segundos está tão salvo quanto aquele que se converteu há 30 anos. Tudo o que você precisa saber é que Jesus morreu para levar os seus pecados e ressuscitou ao terceiro dia para sua justificação.

São as religiões humanas que condicionam a vida eterna ao estudo e aperfeiçoamento, fazendo do céu um lugar distante e inacessível. Mas o ladrão convertido ao lado de Jesus na cruz tão somente clamou por salvação e foi ouvido: "Hoje estarás comigo no Paraíso", disse-lhe Jesus. Este é o Deus da Bíblia, acessível e pronto para salvar. Ele diz: "Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação". 2 Co 6:2

Nos próximos 3 minutos o cego curado enfrenta a oposição da religião e sua família se envergonha do que aconteceu com ele.

 

 

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198 Tradicao, familia e propriedade

 


Leitura: João 9:13-23

Quem se converte a Jesus encontra oposição, seja ela cultural, religiosa ou familiar. Em alguns países você pode perder seu emprego, bens e propriedades por causa de sua fé em Jesus. Felizmente tradição, família e propriedade são coisas desta vida, e não têm nada a ver com o céu.

O simples fato de você descobrir que a Verdade é Jesus transforma todo o resto em mentira. Se é Jesus quem salva, então minha religião não pode salvar. Se é através de Jesus que meus pecados são perdoados, então nenhum sacerdote humano pode me garantir o perdão. Se é Jesus o único intermediário entre Deus e os homens, onde ficam os santos considerados mediadores dos pecadores?

Sobre isto o apóstolo Paulo escreveu: "Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" 1 Tm 2:5. E veja o que o apóstolo Pedro diz de Jesus no livro de Atos: "Ele é a pedra... e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" At 4:11, 12. 

O cego que foi curado é agora levado aos líderes religiosos e estes passam a contestar sua cura por ter sido feita no sábado, que era o dia do descanso obrigatório da religião judaica. Referindo-se a Jesus, que era o próprio Criador e Senhor do sábado, eles afirmam: "Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado".

Quando você se converte a Jesus a oposição religiosa vai lhe dizer que isso não aconteceu, pois não se encaixa nos padrões que os homens estabeleceram. Ou as pessoas tentarão minimizar isso, afirmando que você não era tão mal assim, como fazem os fariseus que agora passam a duvidar que o homem fosse realmente cego.

Eles interrogam seus pais, mas estes não querem se envolver. Eles têm medo de serem expulsos da sinagoga se reconhecerem que Jesus é o Messias prometido a Israel. Se você estiver preso à sua tradição religiosa ou ao seu status na sociedade, que lhe garante riquezas e oportunidades, não vai querer se comprometer por causa de Jesus. Sua preocupação será: "O que meus amigos pensarão de mim se eu me tornar um crente em Jesus?". Você já pensou assim?

O apóstolo Pedro escreveu aos crentes em Jesus: "Não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.. por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória... tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece." 1 Pd 1:18-23

Você prefere agarrar-se às coisas terrenas e passageiras, ou às coisas celestiais e eternas? Nos próximos 3 minutos o ex-cego é expulso da sociedade.

 

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199 Expulso

 


Leitura: João 9:24-41

Os religiosos fariseus não desistem. Eles voltam ao homem que foi curado e exigem que ele fale mal de Jesus. Querem que ele diga que Jesus é pecador. O ex-cego é sincero o suficiente para admitir: "Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo".

No diálogo que se segue é notória a intrepidez do homem curado por Jesus. Aquele que nasceu cego e nunca leu um livro sequer consegue deixar os cultos fariseus numa saia justa. Ele responde à insistência dos fariseus mais ou menos assim:

"Vocês perguntam como Jesus me abriu os olhos? Eu já disse e vocês nem ligaram! Por que querem que eu repita? Acaso vocês querem se tornar discípulos dele? Vocês são tão sabidos, todavia não sabem de onde é esse Jesus que me abriu os olhos. Desde o princípio do mundo nunca se ouviu falar de alguém que tivesse curado um cego de nascença! Se este homem não fosse de Deus, não poderia fazer isso".

No capítulo 4 de Atos, os líderes religiosos também são surpreendidos com a desenvoltura de Pedro e João, simples pescadores. Ali diz que "tendo percebido que eram homens iletrados e indoutos, se admiravam; e reconheciam que haviam estado com Jesus"

Você pode fazer todos os cursos de teologia do mundo e continuar ignorante acerca de Jesus. É só na presença dele e em comunhão com ele que você irá conhecer quem ele realmente é. A exemplo de Maria, irmã de Lázaro e Marta, é somente aos pés dele que você descobre o quanto ele é magnífico. Jesus, Deus e Homem.

Os fariseus encerram a conversa do mesmo jeito que fazem os líderes religiosos que se consideram superiores aos leigos: "Tu nasceste todo em pecados, e vens nos ensinar a nós?". Em seguida expulsam o ex-cego. Melhor assim. Por que? Oras, livre da influência da religião e de seus líderes, o homem agora está pronto para conhecer mais de Jesus.

Jesus se revela a ele como o "Filho do Homem", expressão que o profeta Daniel usa para o Messias: "Eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e... foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído." Dn 7:13, 14

Agora aquele homem não apenas crê, mas também adora a Jesus. Não se esqueça disto: você não terá uma visão clara e cristalina de quem é Jesus enquanto estiver sob a influência das religiões e de seus líderes. Se for este o seu caso, espero sinceramente que você também seja expulso para se encontrar com Jesus fora de tudo isso e adorá-lo ali.

Nos próximos 3 minutos Jesus alerta para os ladrões e lobos, que só querem roubar, matar e destruir as ovelhas.

 

 

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200 O Pastor das ovelhas

 


Leitura: João 10:1-2

O capítulo 10 abre com a expressão "Em verdade, em verdade vos digo" para enfatizar o que vem a seguir. O contexto, em especial a partir do versículo 19, mostra que ele disse isso aos mesmos fariseus que no capítulo anterior criaram toda aquela polêmica sobre a cura do cego.

Os fariseus se achavam os verdadeiros pastores do povo, mas Jesus mostra aqui que eles estavam longe de terem a qualificação necessária para isso. Os três pontos importantes neste capítulo são: Jesus entra pela porta; Jesus é a porta; e Jesus é o Pastor das ovelhas.

Quem entra pela porta é quem se sujeita às condições estabelecidas pelo dono da casa. Jesus veio em total submissão ao Pai e cumprindo cada etapa que estava determinada ao Messias prometido. Ele não arrombou a porta, como faria um ladrão ou líder revolucionário. Ele não veio para roubar, matar ou destruir. Jesus é o Servo humilde de Filipenses 2:

"Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz".

Você deve se lembrar do que aconteceu no batismo de Jesus. Enquanto os judeus eram batizados por João Batista para o arrependimento, Jesus, que não tinha pecado algum de que se arrepender, também quis ser batizado. Além de cumprir o caminho determinado para o Messias, ele pôde assim se identificar com aqueles que eram batizados. 

"Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça". Mt 3:14

Não se esqueça de que nos evangelhos vemos Jesus em sua relação com Israel. A Igreja só viria a existir no capítulo 2 do livro de Atos, portanto seu rebanho aqui neste capítulo é Israel, não a Igreja. Mesmo assim podemos aplicar isto também aos que hoje creem em Cristo. O mesmo pode ser dito dos diferentes aspectos que Jesus assume como Pastor.

Neste capítulo, ele é o "bom Pastor" que dá a vida pelas ovelhas. Em Hebreus 13:20, ele é o "grande Pastor", que ressuscitou e completou a obra da redenção de suas ovelhas. Em 1 Pedro 5:4, ele é o "supremo Pastor" que voltará para dar às ovelhas uma incorruptível coroa de glória. 

Quer ver esta mesma sequência nos Salmos? Então leia os Salmos 22, 23 e 24 (nas edições católicas da Bíblia a numeração é 21, 22 e 23). Jesus aparece nestes Salmos como o "bom Pastor", o "grande Pastor" e o "supremo Pastor", aquele que morreu, vive, e voltará.

Nos próximos 3 minutos faremos um passeio pelos Salmos para acompanhar essa trajetória do Pastor.

 

 

 

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201 O Pastor e' morto

 


Leitura: João 10Salmo 22

No capítulo 10 do evangelho de João encontramos Jesus, o "bom Pastor". A profecia que fala deste caráter do Pastor está no Salmo 22, onde ele é visto morrendo por suas ovelhas numa cruz. Para entender melhor o que vou dizer aqui, sugiro que leia o Salmo 22 na íntegra.

O Salmo começa com um brado desesperado: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?". Quem é esse desamparado de Deus, descrito aqui como motivo de zombaria do povo, sofrendo dor e sede entre malfeitores, com mãos e pés traspassados e tendo suas vestes sorteadas? Compare este Salmo com o relato da crucificação nos evangelhos e terá uma visão mais ampla de Jesus sendo crucificado.

Mil anos depois do Salmo 22 ter sido escrito, Jesus deu o mesmo brado de desespero e abandono numa cruz. Durante três horas, ele foi o alvo de toda a indignação dos homens pelo único crime de ser perfeito. Por não suportarem conviver com alguém sem pecado, os homens o abandonaram ali.

Então, aquele que não conheceu pecado, foi feito pecado por nós, e o mundo ficou envolto em trevas. Durante três horas Jesus foi alvo de toda a indignação de Deus, ao levar sobre o seu corpo os nossos pecados. Depois de abandonado pelos homens, agora era a vez de Deus abandoná-lo ali, por não suportar relacionar-se com alguém carregado de pecados.

No Salmo 22 o crucificado lembra que Israel jamais foi abandonado por Deus. Isto também é verdade em relação a qualquer ser humano. Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas espera que ele se converta. Nenhum ser humano, por mais ímpio que seja, é abandonado por Deus. Até seu último suspiro Deus está ao seu lado aguardando que se converta de seu pecado.

Prova disso é o bandido arrependido ao lado de Jesus. Antes de morrer ele ouviu palavras que lhe asseguravam a entrada imediata no Paraíso. No entanto, naquela mesma cena o próprio Jesus foi abandonado por Deus. O injusto ladrão só podia ser recebido por Deus se o justo Jesus morresse abandonado. No livro de Lamentações o profeta Jeremias expressa os sentimentos do Messias com estas palavras:

"Eu sou o homem que viu a aflição causada pela vara do seu furor. Ele me guiou e me fez andar em trevas e não na luz. Deveras fez virar e revirar a sua mão contra mim o dia todo... Ainda quando grito e clamo por socorro, ele exclui a minha oração". Lm 3:1-8

Hoje sabemos que Jesus não permaneceu morto, mas ressuscitou. No mesmo Salmo 22 ele chama aqueles que foram salvos por ele de "irmãos" e promete estar no meio da congregação de seus "irmãos" louvando a Deus juntamente com eles. Nos próximos 3 minutos encontraremos o "grande Pastor" no Salmo 23, agora ressuscitado e cuidando de suas ovelhas.

 

 

 

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202 O Senhor e' o meu pastor

 


Leitura: João 10Salmo 23

O Salmo 23 diz que "o Senhor é o meu pastor; nada me faltará". Muita gente saboreia cada sílaba do "nada me faltará", mas passa por alto "o Senhor é o meu pastor". A última coisa que nossa natureza caída em pecado deseja é ter o Senhor como Pastor.

Nós naturalmente queremos ser pastores de nós mesmos, buscando aquilo que nós achamos que precisamos. Mas é o Pastor quem conhece as reais necessidades de suas ovelhas, e é ele que deve decidir qual pasto é verde e qual água é tranquila. 

O Pastor não empurra suas ovelhas, mas as guia mansamente. Ele faz isso por veredas da justiça, e não por caminhos ilícitos ou atalhos obscuros. A frase "por amor do seu nome" indica que é a sua reputação que está em jogo. A segurança da ovelha não está no sustento que o Pastor não deixa faltar, mas em ser guiada por quem tem uma reputação a zelar.

A ovelha tem sua cabeça ungida com azeite, figura do Espírito Santo, e seu cálice transborda. A Bíblia diz que o vinho alegra o coração do homem, portanto um cálice que transborda fala de uma alegria maior do que podemos conter. A vara e o cajado do pastor são instrumentos que tanto servem para afugentar o lobo, como para disciplinar, guiar e resgatar a ovelha. 

Repare que alimento, descanso, direção e refrigério são coisas transitórias. Além disso, mesmo que o Pastor prepare uma mesa para cada ovelha como prova de sustento e comunhão, existem inimigos em redor. Trata-se de um cenário hostil, onde a ovelha convive com necessidades e perigos, enquanto é apascentada por esse grande Pastor. 

O maior inimigo neste cenário é a morte, mas aquele que tem o Senhor como Pastor não teme mal algum ao passar pelo tenebroso vale que o leva para fora das pastagens provisórias desta vida. A ovelha sai daqui com a certeza de que bondade e misericórdia lhe seguirão e que habitará na Casa do Senhor para sempre.

Temos, portanto, um campo transitório onde a ovelha é pastoreada, um vale tenebroso com uma morte que já não é temida e um futuro brilhante e eterno na casa do Senhor. É a casa do Senhor, e não o capim daqui, que a ovelha deve almejar. Mas quem é a ovelha?

Embora o Salmo 23 seja usado como amuleto em Bíblias de decoração, suas promessas só valem para quem tem o Senhor como Pastor. Se você não creu no Salvador crucificado do Salmo 22 - se os seus pecados não estiveram sobre ele quando foi abandonado por Deus na cruz - o Salmo 23 não é para você.

Nos próximos 3 minutos vamos descobrir o tamanho da herança reservada àqueles que têm o Senhor como Salvador e Pastor.

 

 

 

 

 

203 O Pastor reina

 


Leitura: João 10Salmo 24

Depois de nos ocuparmos com o "bom Pastor" do Salmo 22, que dá a vida por suas ovelhas, e com o "grande Pastor" do Salmo 23, que apascenta suas ovelhas, chegamos ao Salmo 24. Aqui o "supremo Pastor" estabelece o seu reino neste mundo. O mesmo que morreu e ressuscitou, é o que voltará para tomar posse daquilo que é seu. 

Quando Cristo voltar ele reinará por mil anos neste mundo sobre o seu povo terrenal, Israel. Então, a Igreja, o povo celestial que está sendo reunido num só corpo neste período da graça, voltará com Cristo para reinar com ele sobre o mundo.

O Salmo diz que a terra é dele, pois ele a fez. No primeiro capítulo de João, referindo-se a Jesus, o evangelista escreve: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez". O mesmo que fez o mundo e assumiu a forma humana para morrer numa cruz e ressuscitar, neste Salmo é chamado de Rei da Glória.

Você só irá entender a Bíblia quando perceber que ela é uma única história - a história de Jesus - apresentado em seus muitos aspectos por diferentes personagens e episódios. Ele aparece como Criador em Gênesis, quando Elohim, palavra hebraica plural, declara: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança".

Ele aparece também representado em cada sacrifício de animais que eram mortos por causa do pecado do homem, começando pelo que foi morto para cobrir a nudez de Adão e Eva. À medida que você avança na leitura da Bíblia, as figuras vão se tornando mais nítidas, quando os profetas passam a anunciar sua vinda na forma humana.

No capítulo 7 de seu livro, escrito 700 anos antes da vinda de Cristo, Isaías profetizou que uma virgem daria à luz um filho. No capítulo 9 do mesmo livro, o profeta dá detalhes de quem seria aquele menino: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". 

Ele é humano, e ao mesmo tempo divino. Traz sobre os seus ombros o governo. Jesus é o Rei da glória deste Salmo. Ele é maravilhoso conselheiro, pois onisciente, conhece todas as coisas. É Deus forte, porque é onipotente. É Pai da eternidade, a origem de tudo. Finalmente, é Príncipe da paz. Jesus é Deus.

Mas a encarnação continuará sendo um mistério maior que nossa capacidade de compreensão. Você só pode aceitar e desfrutar de seus benefícios pela fé. Nos próximos 3 minutos voltaremos a nos ocupar com Jesus em sua humanidade no capítulo 10 do evangelho de João.

 

 

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204 Os falsos pastores

 


Leitura: João 10:1-15

Nos três Salmos das últimas três mensagens vimos o verdadeiro Pastor, que morreu, ressuscitou e voltará. Neste capítulo 10 do evangelho de João, Jesus é o legítimo pastor, que entra pela porta do aprisco. 

Os fariseus, que resistem a ele, são chamados de ladrões e salteadores. Seu intento é manter o rebanho preso e explorá-lo para benefício próprio. Quando alguém decide seguir a Jesus, como fez o cego depois de curado, esse é expulso e perseguido pelos falsos pastores. 

Ao contrário do Pastor verdadeiro, que vai à frente das ovelhas e é espontaneamente seguido por elas, os falsos pastores tocam suas ovelhas, como se costuma fazer com o gado. Eles as sobrecarregam com fardos de regras que eles próprios não seriam capazes de levar. 

Suas ovelhas não os seguem pela gratidão de terem sido salvas e libertas de seus pecados, mas pelo medo de serem castigadas, como acontecia com os pais do cego que foi curado. Não são pessoas atraídas pela voz do verdadeiro Pastor, mas aprisionadas pelo terror das ameaças feitas pelos falsos guias.

Uma ovelha de Jesus sabe que o seu Pastor não a levará por um caminho que ele próprio já não tenha percorrido. Sua sensação não é de aprisionamento, mas de liberdade. Afinal, Jesus promete: "se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens... eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância"

Uma ovelha de Jesus não se torna ovelha por segui-lo. Ela o segue por ser ovelha, uma natureza que recebeu ao nascer de novo. Deus dá a ela a capacidade de discernir a voz do verdadeiro Pastor e fugir do falso. As ovelhas de Jesus "o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos".

A diferença entre Jesus e os falsos pastores, é que Jesus, sendo rico, se fez pobre por amor de suas ovelhas. Ele deu tudo por elas, inclusive a própria vida, sem pedir nada em troca. Os falsos pastores, por sua vez, sendo pobres, querem ficar ricos às custas das ovelhas. Por isso, neste capítulo, são chamados de mercenários.

O dicionário define mercenário como alguém que faz as coisas interessado apenas no dinheiro. No capítulo 3 de 2 Timóteo encontramos a condição da cristandade nos últimos dias, isto é, hoje. Ali vemos homens amantes de si mesmos e avarentos, fazendo o papel de Janes e Jambres, os magos de Faraó que imitavam os milagres que Deus fazia através de Moisés. Avarento significa obcecado por dinheiro.

Nos próximos 3 minutos Jesus dá algo que ninguém poderia tirar dele. E o faz de livre e espontânea vontade.

 

 

Richards

 

 

205 O poder de dar a vida

 


Leitura: João 10:16-21

Fazendo uma retrospectiva dos eventos deste capítulo, o verdadeiro Pastor, Jesus, entra no aprisco pela porta e chama suas ovelhas para que saiam dali. Elas ouvem a sua voz e o seguem. Então ele diz que o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

No versículo 16 ele revela: "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor". Jesus fala dos gentios que seriam beneficiados por sua morte. Já não se trata de um aprisco, mas de um rebanho. Um aprisco precisa de cercas, muros e porteiras para manter as ovelhas juntas. Um rebanho só precisa do Pastor. 

A morte de Jesus mudaria tudo. O aprisco de Israel seria deixado de lado e Deus estenderia sua graça em salvar qualquer um, judeu ou gentio. Até a razão do amor do Pai pelo Filho é revelada aqui: "Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la". 

Com sua morte Jesus glorificou a Deus em todos os aspectos. Mesmo que ninguém fosse salvo, ele ainda teria glorificado a Deus por ser o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, solucionando a questão do pecado que manchou a Criação. Mas Jesus é também o Salvador de pecadores, por salvar individualmente todo aquele que o Pai lhe deu para que cresse nele e na suficiência de sua morte substitutiva.

Há uma outra verdade revelada aqui que põe por terra toda a especulação dos que tentam desvendar a causa da morte de Jesus. Uns falam em asfixia, outros em colapso resultante dos flagelos, e há quem pense ter sido a lança do soldado romano, mas ela foi fincada num corpo já morto. O próprio Jesus explica a causa de sua morte:

"Dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Esse mandamento recebi de meu Pai."

Nenhum ser humano tem o poder de dar a vida. Você pode decidir morrer para salvar um amigo, mas haverá uma causa externa da morte. Nem mesmo um suicida é capaz de dar sua vida. Ele mata a si mesmo. Jesus fala do verbo morrer na primeira pessoa do singular, do ato de encerrar a vida e entregar o espírito sem uma causa externa. Ele recebeu esse poder para cumprir uma ordem dada pelo Pai.

Lucas descreve como ele fez isso na cruz: "E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou". Lc 23:46 As afirmações de Jesus eram tão radicais que alguns judeus dizem que ele está endemoninhado.

Nos próximos 3 minutos encontramos Jesus num cenário típico de inverno.

 

 

Proteínas - Suplementos

 

 

206 Seguros eternamente

 


Leitura: João 10:22-42

Repare no versículo 22 deste capítulo 10 de João: "E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno". Uma cena de inverno é bem apropriada para descrever a frieza com que o Messias está sendo tratado pelo seu próprio povo. 

Mais à frente, no capítulo 13 deste mesmo evangelho, encontramos Jesus dando um bocado de pão molhado em vinho para Judas, antes da última ceia com seus apóstolos. Ali diz: "E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite." É inverno quando os judeus rejeitam o Messias. Quando o entregarem à morte, será noite. 

Os judeus voltam a questioná-lo no Templo em Jerusalém: "Se tu és o Cristo, dize-nos claramente. Jesus respondeu-lhes: Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim. Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas"

O verdadeiro Pastor continua explicando: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai. Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem".

Veja quantas coisas há nestas palavras: as ovelhas sabem discernir a voz do Pastor, ele as conhece uma a uma, elas recebem dele a vida eterna, nunca irão perecer, ninguém pode tirá-las das mãos de Jesus que as recebeu do Pai, ninguém pode arrancá-las das mãos do Pai, e Jesus e o Pai são um. 

Aqui diz que, vida eterna, nós recebemos de Jesus; nós não a temos de nós mesmos. Não se trata apenas de uma vida que não termina; por ser eterna, é também uma vida que não tem começo. É a vida de Jesus, o Filho Eterno de Deus. Esta é a garantia interna de que, ao crermos em Jesus, recebemos em nós uma vida que nunca mais perderemos, caso contrário ela não seria eterna. 

Então vem a dupla garantia contra as ameaças externas: Ninguém pode arrebatar uma ovelha, nem das mãos de Jesus, nem das mãos do Pai. Foi o Pai quem as deu ao filho e nenhuma delas se perderá. "Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida". 1 Jo 5:12

As ovelhas que o lobo arrebata no versículo 12 são as que não têm a Jesus como Pastor. Lá ele alerta: "O mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa".

Nos próximos 3 minutos Jesus não cura um doente. Ele espera o doente morrer para visitá-lo.

 

 

A.Niemeyer

 

 

207 O homem que nao foi curado

 


Leitura: João 11

O capítulo 11 do evangelho de João é conhecido como o capítulo em que Jesus ressuscita Lázaro. Mas pode também ser visto como a história do homem que Jesus não curou. Aqui Jesus sabe que um de seus melhores amigos está doente, mas não faz nada para curá-lo.

Quando Marta e Maria, irmãs de Lázaro, mandam avisá-lo de que Lázaro está enfermo, Jesus apenas comenta: "Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela". Então, ele fica ainda dois dias onde está, sem demonstrar qualquer urgência.

Se você acha normal essa atitude, imagine ligar para o Pronto Socorro pedindo uma ambulância para um familiar doente e ouvir o médico dizer: "Estarei aí em alguns dias. Não se preocupe porque esta enfermidade não é para a morte, mas para o progresso da medicina, pois trará grande prestígio à minha carreira".

Você ficaria decepcionado, como ficam Marta e Maria quando Jesus chega atrasado ao enterro de Lázaro, após uma viagem que durou dois dias, mais os dois dias que permaneceu no lugar onde estava. Ambas fazem o mesmo comentário: "Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido".

A questão é que Jesus não é médico. Se ele tivesse vindo para curar doentes, teria curado toda a população do planeta com a mesma facilidade que ressuscitou Lázaro. Mas ele é o Filho de Deus que veio ao mundo com a missão específica de morrer para salvar pecadores.

Para entender a diferença, vou usar um exemplo bem tosco. Imagine um moribundo sendo consumido por uma doença incurável. O médico avisa que é capaz curá-lo para sempre, dando a ele saúde perpétua, porém que não irá fazê-lo imediatamente, mas em um dia futuro. Enquanto isso, apenas para demonstrar que tem capacidade, o médico faz sua dor de dente desaparecer como num passe de mágica.

Este exemplo dá uma ideia da diferença entre um benefício passageiro nesta vida e a salvação eterna que Jesus oferece. Os milagres e curas que Jesus e seus discípulos faziam eram para demonstrar suas credenciais de Messias. Era como se abrisse uma fresta no tempo e dissesse aos judeus: "Vejam como será quando eu reinar".

Quando João Batista mandou perguntar se ele era o Messias ou se deviam aguardar outro, Jesus respondeu: "Os cegos veem, os coxos andam; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho" Mt 11:5. Aquelas credenciais provavam que o Messias havia chegado. 

Nos próximos 3 minutos vamos entender melhor o papel das curas e milagres no ministério de Jesus e de seus discípulos.

 

 

Bad Boy

 

 

208 Crer sem ver

 


Leitura: João 11

Jesus não cura Lázaro porque tinha outra coisa em mente, muito maior e melhor. As curas e milagres que Jesus e seus apóstolos faziam tinham um objetivo bem definido para cada pessoa, momento e lugar. Ora serviam para provar a fé de pessoas como Marta e Maria, ora para demonstrar a incredulidade de pessoas como os fariseus.

Em Atos 19 diz que "Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários, de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos". Aqueles sinais serviam para mostrar que a mensagem de Paulo vinha de Deus. Porém as boas novas do evangelho não são de curas e milagres, mas de salvação eterna para todo o que crê em Jesus, que morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.

Os próprios apóstolos ficavam doentes e usavam remédios. Paulo tinha "um espinho na carne", algum tipo de enfermidade ou limitação. Por três vezes ele pediu ao Senhor que o livrasse. Sabe qual foi a resposta? "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Por que Paulo não curava a si mesmo? Por que deixou Trófimo doente em Mileto? Por que receitou a Timóteo um remédio caseiro para seu estômago? Por que não dar a ele um lenço milagroso? 

Provavelmente Deus queria ensinar algo a eles, ou a nós, sobre o seu modo de agir. Paulo, Trófimo e Timóteo não precisavam de provas de que Jesus era o Salvador. Quem crê, anda por fé, não por vista. Tomé, que gostava de ver para crer, ouviu de Jesus que mais bem aventurados seriam os que viriam a crer sem ver. 

Não sei por que tanta gente tem essa fixação por curas e sinais. Acaso Jesus não é suficiente? Lembre-se de que ele não confiava naqueles que o seguiam por causa dos sinais. Se você ficar doente, ore. Se for da vontade de Deus, ele irá curá-lo, diretamente ou por meio dos médicos e medicamentos. Se isso não acontecer, Deus certamente tem um propósito para você ou para as pessoas ao seu redor. 

A diferença entre um pagão idólatra e um cristão verdadeiramente nascido de novo é que o primeiro só acredita que Deus está ao seu lado quando tudo vai bem. O verdadeiro crente, porém, se regozija também na falta de saúde, dinheiro, prosperidade, liberdade etc. O apóstolo Paulo escreveu: "Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece". Fp 4:13

Se Paulo podia todas as coisas, você também pode, inclusive aceitar a vontade de Deus para você, seja ela qual for. Nos próximos 3 minutos Jesus mostra a Marta e a Maria que a vontade de Deus é sempre a melhor.

 

 

 

 

 

209 Lepra e pecado

 


Leitura: João 11

A Lei dada aos judeus no Antigo Testamento determinava que o leproso fosse desterrado para fora do convívio da sociedade. Naquele tempo, a lepra era incurável, por isso, na Bíblia, ela aparece como figura da mais temível enfermidade espiritual: o pecado.

A lepra é a doença mais antiga mencionada nos papiros egípcios. O pecado assola a humanidade desde o Éden. A lepra pode ser contagiosa. Em Romanos 5 diz que "por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram".

A lepra corrompe o corpo, compromete os nervos e tira a sensibilidade da pele. O leproso corre o risco de se auto destruir sem perceber. O pecado corrompe o ser humano, e o torna insensível à sua própria destruição. Já nascemos pecadores e espiritualmente mortos em nossos delitos e pecados, mas, assim como ocorre com a lepra, é aos poucos que se manifesta a nossa degradação física e moral. 

Isaías descreve o nosso estado assim: "Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã; há só feridas, contusões e chagas vivas; não foram espremidas nem atadas, nem amolecidas com óleo... pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia". Is 1:5-6; 64:6

O pecado é como um aguilhão ou anzol que fisga o homem e o arrasta para a inevitável morte, enquanto ele se debate para permanecer vivo. E não acaba aí. No livro de Hebreus diz que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo". Hb 9:27

Se a morte física determina o fim de toda esperança nesta vida, o juízo de Deus sela nosso destino eterno. Esta palavra, "juízo", não é no sentido de um julgamento para ver se o homem é ou não pecador, se merece ou não a condenação, pois pecadores culpados todos nós somos por natureza. No juízo, Deus irá lavrar a sentença eterna para aqueles que não tiveram seus pecados lavados pelo sangue de Jesus.

Lázaro representa o ser humano, morto e sem esperança de cura. No Antigo Testamento os sacerdotes examinavam regularmente o leproso. Curiosamente, quando a lepra tinha coberto toda a pele, da cabeça aos pés, o homem era declarado, pelos sacerdotes, como curado. 

Antes de seu maior milagre, Jesus espera até que o pecado cubra Lázaro da cabeça aos pés com sua mortalha final. Ele espera a morte cantar vitória. O Lázaro que sai do túmulo prefigura cada salvo por Cristo, cada um em quem se cumprirá o que Isaías profetizou e Paulo endossou com estas palavras: "Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" Is 25:8; 1 Co 15:54-55

Nos próximos 3 minutos vamos conhecer a lista das celebridades de Deus.

 

 

Tênis Stake - Airwalk

 

 

 

210 Celebridades para Deus

 


Leitura: João 11:1

Todos os anos os jornais e revistas publicam listas de celebridades. São pessoas que fizeram sucesso, ganharam dinheiro e foram destaque na mídia. O tempo passa, as listas mudam, e os nomes desaparecem. Será que existe uma lista permanente de celebridades? Existe, a Bíblia.

Nela você encontra celebridades cujos nomes resistem à poeira dos séculos. Tirando os reis, como Davi e Salomão, a grande maioria das celebridades bíblicas jamais teria aparecido nas listas dos famosos. É a opinião que Deus tem dessas pessoas que as torna célebres.

Quer um exemplo de como Deus não se esquece das pessoas? Se eu perguntar quem ele usou para libertar o povo de Israel da escravidão no Egito, você responderá apenas "Moisés" ou, no máximo "Moisés e Arão". É quase certo que irá se esquecer de Miriã, a irmã de Moisés que Deus usou para preservar a vida do futuro líder.

Mas quando Deus menciona os libertadores de Israel no livro do profeta Miquéias, ele diz ao povo: "Te fiz subir da terra do Egito, e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti a Moisés, Arão e Miriã". Deus não se esquece dela, como não se esquece de cada um dos seus, não importa o quão desprezível seja aos olhos do mundo. Na parábola do rico e Lázaro, apenas o mendigo tem nome. O rico não.

Neste capítulo João chama Betânia de "aldeia de Maria e de sua irmã Marta". Talvez você more em uma cidade famosa por ser o berço de um grande escritor, de um político famoso ou de um empresário bem sucedido, mas Betânia é conhecida até hoje por causa dessas mulheres. Elas não escreveram livros, nunca se elegeram a um cargo público e nem saberiam como administrar uma empresa. Então o que elas fizeram? Simplesmente deram a Jesus a atenção que ele merecia.

No capítulo 5 do livro de Cantares, a noiva escuta as outras mulheres perguntarem:"Que é o teu amado mais do que outro amado?". Então ela responde: "O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil. A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos, pretos como o corvo. Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste. As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como flores perfumadas; os seus lábios são como lírios gotejando mirra com doce aroma. As suas mãos são como anéis de ouro engastados de berilo; o seu ventre como alvo marfim, coberto de safiras. As suas pernas como colunas de mármore colocadas sobre bases de ouro puro; o seu aspecto como o Líbano, excelente como os cedros. A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo"

Quando você se perguntar o que os crentes veem em Jesus, a resposta é esta. "Ele é totalmente desejável".

Nos próximos 3 minutos, Jesus é visto chorando.

 

 

A Era do Gelo