Estudos Teologicos
Estudos Teologicos
TEOLOGIA.
Teo=Deus. Logia=estudo
estudado o Novo TestamentoAntes de iniciarmos a estudar o Novo Testamento devemos saber primeiro o que significa cristologia. É o estudo profundo da vida de Jesus. Mesmo fazendo-se um estudo profundo sobre Jesus, só chegaram, os exegéticos e historiadores um décimo de conhecimento de sua vida. Nove décimo é mistério e ninguém sabe de nada sobre a vida de Jesus, desde seu nascimento à sua ascensão aos céus. Ninguém sabe como eram os seus olhos, seu nariz, seus cabelos, seus dentes, a sua altura, onde morava, e com quem brincava, quando criança, e como adolescente; quem era seus colegas e como era a sua residência. Nada sobre a sua vida além dos relatos que existem nos quatro evangelhos ninguém sabe mais nada além dos que lemos no Novo Testamento. Repito: somente o que são relatados nos evangelhos e epístolas. Como também nenhum exegético sabe explicar como foi a ressurreição de Jesus. É entrar na mística, pois, Jesus ressuscitado, embora Lucas afirmasse que ele apareceu aos discípulos e pediu comida e comeu com eles, mesmo assim, é um grande mistério a sua ressurreição, pois, a casa onde os discípulos estavam de portas trancadas, Jesus apareceu no meio deles. Mas esse homem que conhecemos pelo nome de Jesus Cristo foi o único que afirmou um auto-biográfico sobre si mesmo. Nenhum homem criador de religiões, os filósofos da Grécia e de sistema político afirmou o que ele afirmou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; eu sou o pão descido do céu. Eu sou a ressurreição e a vida eterna. [o verbo está sempre no presente]. Quem comer desse pão viverá eternamente; Eu sou a luz do mundo; Eu sou a fonte de água viva, quem beber dessa água não terá mais sede; Eu e o Pai somos um só; quem vê o Pai, vê a mim; ninguém vai ao Pai se não por mim; Eu sou a videira e vós sois os ramos; Eu sou a ressurreição e a vida eterna; quem crer em mim não morrerá, mas terá a vida eterna. Esse é o Jesus Cristo que nos liberta das ciladas do mundo materialista e consumista. Nem Buda, nem Maomé, nem Confúcio, nem Moisés, nem Abraão, nem Sócrates e nem os homens mais inteligentes e sábios da Grécia e criadores de religiões e de sistema político afirmaram ser Deus, o Salvador da humanidade. Ninguém afirmou que só irá ao céu se for por intermédio de si mesmo dos seus ensinamentos. Nem um deles afirmou tudo que Jesus auto-afirmou e sobre si mesmo um dualismo: Quem me vê, vê aquele que me enviou, isto é, vê o Pai. E nenhum deles realizou prodígios e milagres que desafiassem os cientistas com suas novas tecnologias, os psicólogos, os psiquiatras controlassem seus psicossomáticos de si mesmos como Jesus. Não houve nenhum homem na história da humanidade que realizasse obras miraculosas como Jesus. Nenhum afirmou que ele seria ressuscitado e voltaria a viver eternamente eliminando e destruindo a morte. Somente Jesus afirmou que ele era o juiz e Deus. Eis o homem que nós iremos estudar e entender um pouquinho de tudo que ele realizou com o estudo teológico e cristológico. [Teo=Deus. Logia=estudo]. Para isso cada um deverá conhecer bem a língua portuguesa, a sua gramática, as flexões verbais e os textos bíblicos do AT e NT, senão, não irá entender nada sobre o que estamos lendo. Principalmente conhecer bem as leituras da Bíblia, desde o livro dos Gênesis ao Apocalipse, se não possuir esse conhecimento, não irá entender nada do que estamos escrevendo como forma de curso teológico. Darei um exemplo: “Por que reparas o cisco que está no olho do teu irmão quando não percebes a trave que está no teu olho?” [Mt 7, 3]. Todo mundo sabe o que é um cisco e o que é uma trave. Essa narração usa uma figura de exagero que chamamos de hipérbole. Fazendo uma exegese o texto está mostrando a tendência nossa de sempre ver os defeitos dos outros e esconder os nossos. A trave simboliza as incoerências, os defeitos em nós mesmos e não nos corrigimos para a perfeição a que nós fomos chamados. O cisco é bem menor e até difícil de ver. Vemos os pequenos erros de nosso irmão, enquanto nós cometemos maiores erros e mais denso mais resistíveis do que os erros que vimos no nosso próximo. O exagero hiperbólico que o texto mostra é uma realidade na vida de cada um de nós. Nascemos com a tendência de ser crítico dos outros e não de nós mesmos como um autocrítico.
Mateus começa a narrar a genealogia a partir de Abraão e termina com José, esposo de Maria. Nessa genealogia ele apresenta a presença de mulheres, mas nenhuma delas pertence ao povo hebreu. São elas: Raab, a famosa prostituta em Jericó; [Js 2, 1]; Rute, a moabita, [Rt. 4, 10]; A mulher de Urias, Betsabé [2Sm 11, 3] e talvez Tamar, filha de cananeus [Gn 38, 2-6]. [É bom que leia as citações dos capítulos e versículos dos livros para melhor entender a narração da história]. Mateus quer mostrar ao povo judeu que Jesus é o Salvador da humanidade: Do Velho Testamento e do Novo. No Novo Testamento ele faz um paralelismo citando passagem do AT com uma nova visão teológica a si afirmar que Jesus é o novo Moisés. “Mateus descreve com o gênero literário dos “sonhos”. “O sonho era de fato considerado no Antigo Oriente como o veículo da comunicação divina. Por exemplo: Deus falou a José por sonho; por sonho Deus falará aos magos; e mais uma vez ainda a José. [Mt 2, 13-19]. No Antigo Testamento, Deus se comunica com Abraão durante o sonho. [Gn 15, 12]. Fala a José por sonho; Os sonhos de José do Egito, filho de Jacó, fala aos magos por sonho. Ele narra a virgindade de Maria fazendo um midraxe do texto de Isaias. [Is 7, 17]. “Esse texto não se refere a Jesus e a Maria, e sim à jovem mãe do rei Ezequias e ao próprio Ezequias. “O futuro rei Ezequias seria o sinal de salvação que Deus enviaria ao seu povo.” Aqui, Mateus faz um midraxe do Antigo Testamente e coloca na vida de Jesus, pois ele quer mostrar que Jesus é o novo Moisés. Ele usa um texto midráxico ao relatar: A visita dos magos, a fuga para o Egito, a morte das crianças inocentes assassinadas pelo rei Herodes e a volta de Jesus a Nazaré. Nada disso aconteceu, mas um relato do Antigo Testamento ele coloca na vida de Jesus. Veja o relato no livro de Oseias: “Eu chamei do Egito meu filho”. [Os 11, 1]. Jamais José, Maria e Jesus fugiram para o Egito. Sobre as mortes dos inocentes, Mateus faz um midraxe da narração de Jeremias: “De Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem!” [Jer 31, 15]. Os filhos, isto é, o povo hebreu foi exilado para Babilônia; eis a morte psicológica de seus filhos. Mateus faz um paralelismo da vida de Raquel e coloca na vida de José, Maria e Jesus fugindo para país estrangeiro: Egito. Mas não aconteceu nem a fuga, nem a morte dos inocentes e nem chamando José, Maria e Jesus para Nazaré. Aqui, esse relato é que Raquel foi sepultada em Belém e Mateus faz um midraxe relatando o que aconteceu com o povo hebreu, sendo considerada mãe daquele povo, Raquel. A volta de Jesus a Nazaré, Mateus relata o que aconteceu com Moisés: “Javé disse a Moisés em Madiã: “Vai, e volta para o Egito, pois morreram todos os que procuravam matar-te”. [Ex 4, 19]. Mateus narra: “Volta para a terra de Israel, porque morreram os que haviam tramado contra a vida do menino”. [Mt 2. 20]. Narração idêntica. Toda a história do povo hebreu, milagres, prodígios, Jesus era quem estava presente em Espírito agindo na história do povo. [Foi Ele que falou pelos profetas: Credo constantinopolitano]. Quanto a visita dos magos Mateus “usa esse trecho e o interpreta como profecia sobre Jesus e põe essa profecia nos lábios dos magos; faz deles o veículo da relação do oráculo profético: a estrela que Balaão previra é Jesus. [Nm 22, 1-41]. [É bom que leia esse livro]. Os magos vieram para ver Jesus através de uma estrela; a mesma que Balaão vira. [Há aqui um paralelismo de Mateus]. Poderíamos ainda acrescentar que Mateus dá aqui novo sentido ao simbolismo da estrela. “A estrela, como se sabe, é o símbolo da nação judaica”. Leia citações: [Nm 24, 17]; [Gn 49, 1-10]. “Para Mateus a estrela agora é Jesus”. Poderemos dizer que historicamente possa ser ou admitir que alguns sábios visitassem Jesus. “Mas Mateus relata essa tradição através da leitura de texto bíblico do Antigo Testamento e faz um midraxe colocando na vida de Jesus”. Para melhor entender as páginas difíceis da Bíblia é preciso ler os livros do Antigo Testamento, pois, os evangelhos, Atos dos Apóstolos, as epístolas e Apocalipse relatam sempre textos desses livros fazendo-se um paralelismo: O Velho e o Novo, tudo agora é novo com a vinda de Jesus Cristo.
TERCEIRA AULA DE TEOLOGIA.
EM FORMAÇÃO AGUANDEM ...